
A McAfee, uma das maiores empresas de antivírus do mundo, prevê que 2013 seja o ano de todos os ataques a dispositivos móveis. No novo relatório 2013 Threat Predictions, a marca pinta um cenário negro para smartphones e tablets.
"Uma vez que os criminosos descubram uma técnica lucrativa que funcione, é provável que a reutilizem e automatizem", lê-se no relatório, que exemplifica com o cavalo de tróia Android/Marketpay.A, um programa que compra aplicações da loja sem a autorização do utilizador. "É provável que os criminosos peguem nesta aplicação e a adicionem a um vírus móvel."
A McAfee também alerta para o perigo de vírus associado à tecnologia sem fios NFC, existente no Android e em alguns modelos Nokia. Algumas aplicações NFC transformam o telemóvel numa "carteira digital", em que basta aproximar o aparelho para processar uma compra. "Essa flexibilidade será, infelizmente, uma benção para os ladrões. Os atacantes vão criar vírus móveis com capacidades de se propagarem via NFC para roubarem dinheiro." A McAfee avisa que um vírus destes "pode propagar-se ferozmente numa grande multidão, infetando vítimas e potencialmente roubando das suas carteiras digitais."
O Android tem neste momento mais de 70% do mercado móvel e por isso tornou-se no principal alvo dos piratas. Por outro lado, as aplicações que são colocadas na loja Google Play não têm as mesmas restrições das outras lojas, o que torna mais fácil a propagação de aplicações infetadas.
Surgirá ainda 'malware' que bloqueia updates de segurança para o telemóvel e há novos alvos na mira: o Windows 8 e HTML5.
"Os criminosos vão para onde está o dinheiro. Se isto significa que têm de lidar com uma versão mais segura do Windows, então é o que farão."
A empresa prevê ainda o declínio de ataques por grupos de 'hacktivistas', como o Anonymous, o crescimento do spam por SMS a partir de telemóveis atacados e aquilo a que chama "ataques a pedido". Neste caso, os grupos de piratas vendem serviços de ataque, no submundo do cibercrime.
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