A DECO avisa as famílias para "porem um travão" na contratação de créditos para habitação já que aos "spreads" elevados praticados pelos bancos irá juntar-se uma subida das Euribor nos próximos anos, podendo tornar incomportáveis as taxas de esforço.
"A única coisa que as pessoas podem fazer nesta fase, se precisam de fazer novos contratos, é avaliar o mercado, comparar coisas iguais, não assinar contratos por impulso, pôr um travão às quatro rodas à aquisição de novos créditos", disse à agência Lusa Jorge Morgado.
Isto porque, frisa o secretário-geral da DECO, há famílias que estão a fazer contas a uma taxa de juro baixa e um "spread" (margem de lucro para o banco) elevado, esquecendo-se que as Euribor (média das taxas praticadas pelos bancos no mercado interbancário) também vão "certamente subir dentro de uns anos".
"Tudo pode complicar-se quando os juros subirem. Podemos estar a criar novas situações de apuros para as famílias, pois todas as contas que fizeram quanto à taxa de esforço podem ser erradas num futuro relativamente próximo de três/quatro anos", frisa.
Por isso, aconselha, todos aqueles que se encontram nesta fase com uma taxa de esforço de 35 ou 40% já estão no limite do desejável.
Além disso, prevê que quando as Euribor subirem "a banca vai mais uma vez reagir tarde e tentar manter os "spreads" elevados".
Jorge Morgado reforça que as Euribor atingiram em 2012 "valores perfeitamente históricos", ao bater mínimos de sempre em todos os prazos, pelo que "quando a situação da vida económica normalizar, elas vão subir e os 'spreads' lá estarão".
Por outro lado, o responsável da DECO lembra que no passado, as pessoas compravam casa porque também sabiam que os imóveis acabavam por valorizar-se, uma situação que, sublinha, hoje já não corresponde à realidade.
"A valorização do seu imóvel já não está a acontecer e dificilmente acontecerá nos próximos anos, além de que as pessoas vão ser sobrecarregadas com impostos. As pessoas têm de saber que vai haver mudanças e têm que contar com isso", disse.
Jorge Morgado reconhece contudo que para quem precisa de casa, seja através da aquisição seja através do arrendamento, as condições "são desfavoráveis".
Para o responsável, o arrendamento "vai ter que evoluir", sendo que a nova legislação "é altamente penalizante" para quem arrenda casa e "está claramente desequilibrada".
"Ainda não vai ser esta lei que vai por as coisas no lugar", afirmou.
in JN
"A única coisa que as pessoas podem fazer nesta fase, se precisam de fazer novos contratos, é avaliar o mercado, comparar coisas iguais, não assinar contratos por impulso, pôr um travão às quatro rodas à aquisição de novos créditos", disse à agência Lusa Jorge Morgado.
Isto porque, frisa o secretário-geral da DECO, há famílias que estão a fazer contas a uma taxa de juro baixa e um "spread" (margem de lucro para o banco) elevado, esquecendo-se que as Euribor (média das taxas praticadas pelos bancos no mercado interbancário) também vão "certamente subir dentro de uns anos".
"Tudo pode complicar-se quando os juros subirem. Podemos estar a criar novas situações de apuros para as famílias, pois todas as contas que fizeram quanto à taxa de esforço podem ser erradas num futuro relativamente próximo de três/quatro anos", frisa.
Por isso, aconselha, todos aqueles que se encontram nesta fase com uma taxa de esforço de 35 ou 40% já estão no limite do desejável.
Além disso, prevê que quando as Euribor subirem "a banca vai mais uma vez reagir tarde e tentar manter os "spreads" elevados".
Jorge Morgado reforça que as Euribor atingiram em 2012 "valores perfeitamente históricos", ao bater mínimos de sempre em todos os prazos, pelo que "quando a situação da vida económica normalizar, elas vão subir e os 'spreads' lá estarão".
Por outro lado, o responsável da DECO lembra que no passado, as pessoas compravam casa porque também sabiam que os imóveis acabavam por valorizar-se, uma situação que, sublinha, hoje já não corresponde à realidade.
"A valorização do seu imóvel já não está a acontecer e dificilmente acontecerá nos próximos anos, além de que as pessoas vão ser sobrecarregadas com impostos. As pessoas têm de saber que vai haver mudanças e têm que contar com isso", disse.
Jorge Morgado reconhece contudo que para quem precisa de casa, seja através da aquisição seja através do arrendamento, as condições "são desfavoráveis".
Para o responsável, o arrendamento "vai ter que evoluir", sendo que a nova legislação "é altamente penalizante" para quem arrenda casa e "está claramente desequilibrada".
"Ainda não vai ser esta lei que vai por as coisas no lugar", afirmou.
in JN