
Os pórticos nas auto-estradas fazem mais despesas que receitas. Dão prejuízo ao Estado, custando mais dinheiro a manter em funcionamento do que a receita que obtêm com a passagem dos automóveis.
A informação foi revelada pelo presidente da Estradas de Portugal, António Ramalho, que esteve esta sexta-feira no Parlamento, na comissão de inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP).
Nas contas apresentadas por António Ramalho, por cada cinco euros de portagens que os consumidores pagam, só 3,30 euros chegam aos cofres da Estradas de Portugal e 1,70 euros são gastos a pagar os aparelhos e os empregados.
Ou seja, em média, um terço das receitas das portagens não chega aos cofres do Estado, sendo reencaminhada para pagar o próprio serviço. Assim, todos os anos o Estado gasta uma pequena fortuna a cobrar portagens aos automobilistas, sem reaver esse dinheiro com as receitas das mesmas.
Além disso, a empresa pública não controla os pagamentos dos automobilistas, e por isso não sabe se recebe todas as portagens ou se há desvios.
O presidente da Estradas de Portugal decidiu propor ao Governo um novo sistema, que considera «mais barato e justo»: todas as entradas e saídas das auto-estradas são fechadas, pondo fim aos troços grátis.
Fonte: abola.pt