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Gravidez e animais de estimação

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Quando se fala na relação de um cão ou gato com uma mulher grávida é muito comum as pessoas focarem-se nos aspectos negativos e aconselharem até o abandono ou a entrega dos animais para adopção. Há ainda muitos médicos, sobretudo os mais velhos, que ainda pensam desta forma. Pouco a pouco vem-se descobrindo que os animais de estimação não são assim tão prejudiciais e que podem até ter um papel importante na gravidez, no bom sentido!



Uma das principais preocupações em relação aos gatos é a toxoplasmose. A verdade é que a toxoplasmose nos gatos resulta da ingestão de presas e a maior parte dos gatos de interior não apresentam este protozoário. Mesmo assim, convém manter uma higiene rigorosa. As grávidas não devem limpar a caixa de areia dos gatos ou se o fizerem devem usar luvas descartáveis e lavar as mãos de seguida. Devem também lavar as mãos depois de estar em contacto com o gato e não levar as mãos à boca. Se cumprir estas regras de higiene pode manter o gato sem qualquer problema.

Em relação aos cães, as preocupações estão relacionadas com o tempo que eles exigem, a segurança do futuro membro da família, etc. Os cães são animais muito adaptáveis e necessitam apenas de 30 minutos de atenção diária para se sentirem acarinhados (não inclui passeios). Em relação à reacção do
cão ao bebé, basta impor alguma disciplina para que no futuro se tornem os melhores amigos.

Estes são geralmente os pontos que se apontam como negativos na relação entre animais e grávidas, mas o que geralmente passa despercebido são os pontos positivos. E há bastantes!

O principal ponto positivo é o papel fundamental que os animais, cães e gatos, têm na diminuição da ansiedade. A comunidade médica concorda que a ansiedade é muitas vezes a responsável por desencadear ou agravar outras complicações. A gravidez é geralmente uma altura de bastante ansiedade e é já muito conhecido o efeito calmante que os animais têm. Acarinhar e afagar o pêlo dos animais relaxa os humanos.

No caso dos cães, o passear com o animal é uma óptima forma de exercício. Um estudo realizado em 2012 pela Universidade de Liverpool concluiu que as grávidas que têm cães têm 50% mais de probabilidade de fazerem a dose diária de exercício recomendado. Sabe-se que o combate ao excesso de peso é uma parte importante na saúde da mãe e do bebé. As grávidas com cães são assim mais activas e em forma do que as grávidas sem cães.

Um estudo realizado nos Estados Unidos da América que envolveu 675 grávidas concluiu que há uma diminuição do risco de desenvolvimento de dermatite atópica em crianças que foram expostas a cães durante a gravidez. Uma das formas mais comuns desta doença auto-imune é o eczema.

Sabe-se que crescer com animais diminui o risco de desenvolvimento de alergias e asma. Mas falta ainda estudar a fundo se a exposição de uma grávida a animais pode ajudar neste aspecto.

Em Denver, nos Estados Unidos da América, o hospital St. Luke’s Medical Center, as grávidas internadas podem receber visitas dos seus cães. Os animais têm de tomar banho nas 24h que antecedem a visita, têm de estar vacinados e estar saudáveis. É necessário obter permissão para a vista dos cães, o que geralmente é dado sempre que se cumpram essas regras, pois os próprios médicos reconhecem que a diminuição da ansiedade nas pacientes é um bónus que os animais podem fornecer!




Pouco a pouco até mesmo a comunidade médica começa a aperceber-se dos efeitos positivos que os animais podem ter na gravidez da dona.

vivapets

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