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Euribor a seis meses em máximos de Novembro com dinheiro a regressar ao BCE

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Os bancos estão a devolver ao BCE parte do bilião de euros que a autoridade monetária injectou no ano passado, o que está a pressionar as Euribor em alta.
Há um ano, o BCE inundou o mercado interbancário com liquidez. As Euribor afundaram. Agora, o BCE drenou parte desse dinheiro. As Euribor emergiram.

A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante das prestações dos créditos à habitação, subiu 0,3 pontos base e está agora em 0,373%, depois de ontem ter dado um “salto” que não se via desde 2011. A taxa não cai desde 16 de Janeiro e tem vindo a afastar-se do mínimo histórico que registou no ano passado, quando desceu aos 0,316%.

Da mesma forma, o indexante a três meses somou 0,2 pontos base para ser fixada, segundo a Federação Europeia de Bancos, nos 0,226%. É a taxa mais elevada desde Setembro do ano passado.

Aquilo que está a dinamizar as Euribor, taxas que os bancos utilizam nas operações que fazem entre si e que indexam a créditos ou a depósitos, é precisamente o contrário daquilo que as empurrou para os mínimos históricos do ano passado.

Com a intensificação da crise da dívida e a paralisação do mercado interbancário, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu injectar liquidez e distribuiu, através de operações de financiamento a longo prazo (as LTRO), mais de 1 bilião de euros pelos bancos. Esse movimento, juntamente com a descida da taxa de juro de referência para o valor inédito de 0,75%, levou as Euribor para as taxas mais baixas de sempre.

Neste momento, os bancos começaram a restituir esse dinheiro. Na semana passada, 278 bancos, entre os quais a Caixa Geral de Depósitos, revelaram que vão devolver 137,2 mil milhões de euros à autoridade monetária de Frankfurt. Um valor que superou em muito o montante estimado. Esse movimento é visto como "um sinal de confiança crescente nos mercados financeiros internacionais", na perspectiva de Paula Gonçalves Carvalho, economista do BPI.

Essa melhoria da confiança nos mercados contribuiu, também, para a subida das Euribor nas restantes maturidades. A taxa a um mês subiu 0,1 pontos base para 0,118%, enquanto o indexante a nove meses está nos 0,497% ao avançar 0,4 pontos base. A Euribor a doze meses subiu 0,2 pontos base para 0,611%.
jn

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