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UE pode substituir gasolina e gasóleo por energias renováveis.

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Estudo diz que é possível abandonar os biocombustíveis poluentes.


A União Europeia pode substituir a gasolina e gasóleo convencionais, usados nos transportes, por energias renováveis sem recorrer a biocombustíveis com impactes negativos no ambiente, como aqueles que aproveitam culturas agrícolas, defende um estudo publicado esta quinta-feira e citado pela Lusa.

O trabalho foi realizado pelo instituto de investigação holandês CE Delfta, a pedido das organizações não governamentais de ambiente europeias Greenpeace, BirdLife Europe, European Environmental Bureau e pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente e divulgado em Portugal pela Quercus.

«Os biocombustíveis de primeira geração, aqueles de produção agrícola, não são solução viável para descarbonizar os transportes», conclui a investigação.

Assim, as organizações europeias apelam ao Parlamento Europeu e aos governos dos Estados Membros para se concentrarem nas soluções propostas e «colocarem a UE no caminho de uma política mais verde» para transportes e combustíveis mais limpos.

Segundo os ambientalistas, as propostas avançadas no estudo permitiriam uma redução «significativa» das emissões de gases com efeito de estufa em 2020, «apoiando o desenvolvimento de indústrias inovadoras de produção mais limpa e que são uma grande fonte de emprego».

Os Estados-Membros «podem cumprir as suas obrigações sem recorrer (ou com um recurso praticamente nulo) a biocombustíveis produzidos a partir de culturas agrícolas, como a soja, a colza e a palma», acrescentam.

O estudo explora vários cenários de desenvolvimento dos transportes e recomenda uma viragem urgente da política europeia no setor, colocando a prioridade sobre a eficiência energética e o maior desenvolvimento de tecnologias limpas, como os veículos elétricos.

Outra solução apontada foi o uso de biocombustíveis com menores impactes sociais e ambientais, chamados de segunda geração, ou seja, aqueles produzidos a partir de resíduos, como óleos alimentares usados e biogás proveniente de digestão anaeróbia de lixo urbano.

Diretivas comunitárias fixam uma meta de incorporação de 10% de energias renováveis no setor dos transportes e a redução das emissões de gases com efeito de estufa dos combustíveis em 6%, até 2020.

«Os Estados-Membros pretendem atingir estes objetivos através de biocombustíveis produzidos a partir de culturas agrícolas, ignorando os seus impactes sociais e ambientais», que incluem as alterações de uso do solo, com deslocalização do cultivo de alimentos para novas terras agrícolas e florestais e as emissões de carbono resultantes desta conversão.

De acordo com um estudo da Comissão Europeia, a maioria dos biocombustíveis comercializados atualmente na Europa, sobretudo de primeira geração, «não oferecem garantias de uma redução efetiva das emissões de gases com efeito de estufa em relação aos combustíveis convencionais» que pretendem substituir, segundo a Quercus.



Fonte: tvi24

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